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Sexta-feira, 19 de Novembro de 2010

Biocombustíveis: Impactos poderão ser muito elevados

Um estudo europeu mostra que o cumprimento da meta europeia para os biocombustíveis vai resultar em impactes ambientais significativos nos usos do solo e consequente aumento das emissões de gases com efeito de estufa, inclusive quando comparados com os combustíveis fósseis. Apresentado pelo Institute for European Environmental Policy (IEEP), o estudo vem fornecer novos dados relativamente aos impactes sobre o uso do solo e as alterações climáticas derivados dos biocombustíveis para os próximos dez anos.

 

Segundo este estudo, realizado a partir dos dados disponíveis nos Planos Nacionais de Acção para as Energias Renováveis (PNAER) de 23 Estados-Membros apresentados à Comissão Europeia (incluindo Portugal), a actual política europeia de biocombustíveis vai afectar até 6,9 milhões de hectares de florestas, pastagens e turfeiras para a produção agro-alimentar, como resultado da procura de biocombustíveis para cumprir a meta europeia em 2020.

 

Cerca de 73 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa poderão ser lançados para a atmosfera devido à alteração (indirecta) de uso do solo dos biocombustíveis. Estas emissões são equivalentes a um volume anual de tráfego nas estradas europeias de 26 milhões de veículos.

 

No caso de Portugal, se se recorrer à quantidade de biocombustíveis estimada pelo nosso Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis e transpondo os resultados do modelo europeu para o nosso país, seríamos responsáveis por alterações indirectas de uso do solo que afectariam até 150 mil hectares de ecossistemas naturais, com emissões anuais correspondentes de 1,6 milhões de toneladas de GEE, equivalentes a um volume anual de tráfego nas estradas portuguesas de 550 mil veículos. Esta extrapolação contempla apenas uma proveniência global de biocombustíveis à escala europeia, não sendo possível por agora saber em detalhe os impactes associados ao nosso país, que poderão ser maiores ou menores que as contas actuais, dependendo das origens futuras que venham a suportar a meta portuguesa.

 

Mais detalhes do estudo aqui.

por Quercus às 10:24
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