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Conferência de Copenhaga - 2009
Terça-feira, 7 de Dezembro de 2010

Quercus em directo hoje no Bom Dia Portugal (RTP) a partir de Cancún

A acompanhar a Cimeira do Clima em Cancún, Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus, esteve hoje em directo no Bom Dia Portugal da RTP, via telefone a partir do México. Uma intervenção que serviu para um balanço da Cimeira, já na sua segunda semana de negociações, e também para traçar as expectativas de desfecho agora que se aproximam os dias cruciais.

 

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por Quercus às 11:19
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Domingo, 5 de Dezembro de 2010

Quercus em Cancún: Balanço da 1ª semana de negociações na Cimeira do Clima e perspectivas para os últimos 5 dias

Após uma semana de negociações na 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas a decorrer em Cancún, e que ao contrário do normal, incluiu trabalhos este domingo, dia 5 de Dezembro, os aspectos mais importantes que relevamos são os seguintes:

- tratou-se de uma primeira semana fora do comum em termos negociais, com muito menor confrontação entre países, nomeadamente entre Estados Unidos e China;

- a transparência negocial aparece como um dos elementos fulcrais da discussão, com a Presidência Mexicana da Conferência a fazer um esforço louvável para contrariar o que se passou com o Acordo de Copenhaga que foi negociado apenas por alguns países-chave;

- a continuação do Protocolo de Quioto continua a ser um elemento fundamental, tendo o Japão tomado uma posição muito negativa no primeiro dia da reunião, ao afirmar que não estaria disposto à fixação de novas metas para um segundo período de cumprimento, previsto para 2013 a 2020; com o Canadá também numa posição negativista, a Rússia cuja posição é uma incógnita e uma União Europeia pouco pró-activa, restam os países em desenvolvimento que alertam para a absoluta necessidade de apostar no Protocolo com a via principal de combate às alterações climáticas;

- o Acordo de Copenhaga continua presente, mas percebe-se que as ofertas a serem feitas em termos de redução de emissões e financiamento, entre outros aspectos, estão bem aquém do desejado, e acima de tudo, muito longe de concretização;

- há de momento dois textos base para discussão e decisão pelos Ministros que estão a chegar à reunião (um correspondente aos trabalhos de todos os países na área chamada de acção de cooperação para o longo prazo e outro relativo aos trabalhos dos países integrantes do Protocolo de Quioto sobre os futuros compromissos);

- o caminho para a continuação de Quioto com novas metas e a concretização de um acordo global, mesmo que mais enfraquecido em comparação com o Protocolo de Quioto mas que envolva nomeadamente os Estados Unidos, continua a ser uma possibilidade.

 

Como em Cancún não se deverá infelizmente conseguir chegar a um acordo final por agora, mas se espera a decisão sobre um eventual duplo caminho para o futuro (continuação de Quioto com novas metas e um acordo global), as associações de ambiente alertam para os pontos que são necessários considerar nesta segunda semana da Conferência, já com a presença de vários Chefes de Estado e algumas dezenas de Ministros do Ambiente:

- uma redução em pelo menos 40% das emissões em 2020 em relação a 1990 por parte dos países desenvolvidos;

- regras honestas para o uso do solo e alterações do solo e floresta que impeçam não contabilizar 450 milhões de toneladas de emissões associadas a esta área;

- garantir a integridade ambiental impedindo a passagem para próximos períodos de direitos de emissão de diversos países que ficaram muito aquém das suas metas por razões económicas estruturais como acontece com muitos países do leste europeu;

- manter 1990 como o ano base para facilitar a comparação de esforços entre países;

- estabelecer um período de compromisso de 5 anos que se sincronize com os dados científicos dos relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, da sigla em inglês);

- forte acção interna pelos países na transição para uma economia carbono zero nos países desenvolvidos;

- deve-se apostar mais em projectos no mecanismo de desenvolvimento limpo que tragam benefícios em termos de desenvolvimento sustentável mais do que fontes duvidosas de créditos como a captura e armazenamento de carbono (CCS, da sigla em inglês)

- usar a mais recente ciência providenciada pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês);

- apelar à Organização Marítima Internacional e à Organização da Aviação Civil Internacional para tomar medidas de contenção do aumento das emissões absolutas destes modos de transportes a usar o princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas, não penalizando por exemplo os países em desenvolvimento.

As modalidades previstas no Protocolo de Quioto têm o potencial de conseguir uma efectiva e real redução de emissões. Podemos ter truques e acordos globais não vinculativos para iludir a acção, mas o relógio do clima não pára e não se deixa enganar…

 

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

Cancún, 6 de Dezembro de 2010

 

Quaisquer esclarecimentos podem ser prestados por Francisco Ferreira, Vice-Presidente da Quercus, através do telemóvel +521-9981085732 (telemóvel no México). Siga também: http://cancun.blogs.sapo.pt

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por Quercus às 23:46
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Logística pouco sustentável

 

Para uma conferência internacional sobre alterações climáticas, a logística de Cancún deixa muito a desejar. A maioria dos participantes está alojada em hotéis literalmente em cima da praia, na famosa zona hoteleira, mas a quilómetros de distância do centro de conferências Cancunmesse.

Este parque de feiras fica a meia hora de autocarro dos hotéis, após um percurso fortemente guardado pela polícia e pelos militares mexicanos. No Cancunmesse estão instaladas as ONG e funcionam as salas de algumas delegações e dos inúmeros eventos paralelos. Mas só entram os participantes, sejam eles representantes da sociedade civil, membros das delegações ou jornalistas, pelo que a feira das ONG acaba por ter um público algo limitado.

Para complicar, as negociações não decorrem aqui, mas noutro local afastado meia dúzia de quilómetros, para onde é preciso apanhar mais um autocarro. É certo que os muitos autocarros têm os depósitos cheios de biodiesel, mas é impossível não pensar que faria mais sentido ter tudo no mesmo local. A situação não é do agrado das ONG, que se sentem afastadas do Moon Palace, o hotel de luxo onde decorre a COP16. Esta distância da cimeira e o fantasma de um fracasso deixam no ar um clima de descontentamento só superado pelo excessivo ar condicionado na maioria das salas da COP.

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por Quercus às 23:30
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Sábado, 4 de Dezembro de 2010

Novo texto sobre Acção Cooperativa a Longo Prazo (LCA)

Novo texto apresentado pela presidente do Grupo de Trabalho sobre Acção Cooperativa a Longo Prazo (AWG-LCA, do inglês Ad Hoc Working Group on Long Term Cooperative Action), Margaret Mukahanana-Sangarwe. O documento está a receber saudações e críticas, devendo ser analisado pelas delegações durante o fim-de-semana. New LCA text - 04/12/2010 - 'Possible elements of the outcome. Note by the Chair'

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por Quercus às 21:30
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Novidades após cinco dias de negociações

 

A Convenção das Nações Unidas está quase a chegar a meio do seu percurso, ainda longe do suposto final de dia 10 de Dezembro (se não se prolongar para sábado), e com a presença de Chefes de Estado e Ministros do Ambiente nos últimos três dias. Amanhã, sábado, terminam as reuniões dos dois órgãos subsidiários: o Órgão Subsidiário para o Conselho Científico e Tecnológico / Subsidiary Body for Scientific and Technological Advice - SBSTA: este órgão serve como ligação entre a informação e a avaliação fornecida por fontes de peritos como os cientistas do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas e a Conferência das Partes e o Órgão Subsidiário para a Implementação / Subsidiary Body for Implementation - SBI: este órgão faz recomendações sobre assuntos de política e implementação à Conferência das Partes. As decisões serão agora discutidas e assumidas em plenário pelos países da Convenção neste Conferência das Partes.

 

Também amanhã, sábado, haverá um novo texto do grupo de trabalho ad-hoc da Convenção que tem vindo a ser preparado pelos coordenadores do grupo sob orientação do coordenador mexicano com base nas consultas entretanto desenvolvidas. Este grupo de trabalho é fundamental porque é quem está a definir a estratégia no que respeita a todo um enorme conjunto de tarefas a desenvolver, incluindo os eventuais compromissos e acções dos países no quadro da Convenção. O texto será dado aos Ministros ou chefes de delegação num jantar esta sexta-feira oferecido pelo Presidente da COP16 (Patricia Espinosa, Ministra dos Negócios Estrangeiros do México), havendo um plenário informal na manhã de domingo (dia habitualmente de descanso para as delegações). A Presidência mexicana tem vindo a ser elogiada por muitos por estar a desenvolver um processo de diálogo e concertação que tem procurado ser o mais transparente possível.

 

Uma das áreas chave das reuniões de hoje, que aparentemente está no bom caminho, é a procura de uma forma de levar o Japão a não recusar um segundo período com metas de limitação às emissões no âmbito do Protocolo de Quioto, contrariando o que o país anunciou logo no início desta conferência. Ainda hoje sairá um texto sobre uso do solo e florestas, uma área cujas decisões planeadas têm sido muito criticadas pelos ambientalistas por promoverem uma contabilização demasiado vantajosa desta área no que respeita aos objectivos de redução de emissões dos países desenvolvidos.

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por Quercus às 00:51
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Arábia Saudita ganha «Fóssil do Dia»

 

O primeiro lugar do fóssil de hoje, sexta-feira, aqui apresentado às 18.30h (já 00.30h de sábado em Portugal), foi atribuído pelas organizações não governamentais de ambiente à Arábia Saudita. No ano passado um dos órgãos subsidiários da Convenção do Clima considerou como fundamental o valor de uma efectiva participação pública, Hoje em plenário, a Arábia Saudita considerou que os observadores estão sobre-representados na Convenção e que há outras motivações para ocuparem o seu tempo. Em linha com esta tentativa de limitar a participação pública, os seus representantes não foram convidados a participar na actual cerimónia de anúncio dos países com pior postura negocial.

por Quercus às 00:42
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Sexta-feira, 3 de Dezembro de 2010

Nações Unidas alertam para importância dos resíduos no combate às alterações climáticas e para a ameaça da fome caso não haja fundos para a adaptação

As Nações Unidas, através da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO na sigla em inglês) e do Programa para o Ambiente (UNEP na sigla em inglês), fizeram hoje em Cancún dois alertas relevantes. A FAO alertou para o facto das cheias e secas nos países produtores causaram um forte aumento dos preços dos bens alimentares, mostrando a vulnerabilidade dos sistemas agrícolas e respectivos mercados. Com o agravamento das alterações climáticas, tal agravar-se-á no futuro. Mesmo sem os recursos adicionais para lidar com o problema, os recursos actuais atingiram um mínimo histórico. O Banco Mundial estimou em cerca de 2,5 mil milhões de dólares o custo por ano entre 2010 e 2050 associados à adaptação no sector agrícola no mundo em desenvolvimento. A Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas aponta para um investimento adicional necessário no que respeita à mitigação (redução de emissões) no sector agrícola que deverá nos países em desenvolvimento atingir 14 mil milhões de dólares em 2030. Dos 28 mil milhões prometidos pelos países desenvolvidos em Copenhaga há um ano, só 2 mil milhões foram depositados em fundos climáticos e 700 milhões foram efectivamente distribuídos. Aqui em Cancún a FAO apresentou vários exemplos de uma agricultura “inteligente”, com exemplos de sistemas agrícolas em todo o mundo que têm conseguido reduzir a sua vulnerabilidade ao clima bem como as emissões poluentes próprias da actividade.

 

 

Numa outra vertente, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente conclui que o evitar das emissões de metano e de outros poluentes que não o CO2, podem ter um papel importante no alcançar dos objectivos globais de mitigação. O estudo, presente em http://www.unep.or.jp/Ietc/Publications/spc/Waste&ClimateChange/Waste&ClimateChange.pdf, menciona a importância do aproveitamento do metano para combustíveis e geração de electricidade. A aplicação dos princípios dos 3R’s (reduzir, reutilizar e reciclar), é vital na redução do peso do sector dos resíduos que contribui entre 3 e 5% das emissões de gases com efeito de estufa (igual às emissões actuais da aviação internacional e tráfego marítimo). Mais ainda, é um sector onde boas práticas são geradoras de muito emprego. Um dos estudos presente no relatório mostra que o direccionar dos resíduos de comida, jardins e de papel para estações de reciclagem e de compostagem, reduzindo a quantidade de matéria orgânica nos aterros, permite reduzir as emissões em 250 kg de CO2 equivalente por tonelada de resíduo urbano.

por Quercus às 23:38
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Quercus em Cancún

Protestos no aeroporto de Barajas devido ao atraso na partida

 

A Quercus já está na COP16 após uma viagem complicada. O voo de Madrid para Cancún partiu com um atraso superior a seis horas, situação que provocou o descontentamento dos pasageiros e levou mesmo à intervenção da polícia.

 

Cancunmesse, um dos dois locais onde decorre a COP16

 

Se as ligações à Internet ajudarem, daremos conta da evolução dos trabalhos e de alguns dos muitos eventos paralelos ao longo dos próximos dias.

por Quercus às 22:40
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"I love the Kyoto Protocol"

Perante as baixas expectativas causadas pela anunciada recusa, por parte do Japão, em prolongar o Protocolo de Quioto, a tcktcktck respondeu com uma acção organizada no local onde decorrem as negociações climáticas da COP16, em Cancún. "Show Some Love to Kyoto" foi a mensagem que se quis passar, sublinhando a necessidade de assegurar a continuidade do Protocolo de Quioto para um futuro climático risonho.

 

Uma reportagem feita pela OneWorldTV.

por Quercus às 14:03
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Segunda-feira, 29 de Novembro de 2010

Já começou a COP16

Emissão em directo aqui (webcast).

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por Quercus às 17:27
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Entrevista do Correio da Manhã a Francisco Ferreira em dia de arranque da COP16

Discurso Directo
“Impactos sentir-se-ão com mais intensidade”

Francisco Ferreira, Dirigente da Quercus, fala sobre as expectativas da Cimeira da ONU para alterações climáticas.

 

 

Correio da Manhã – Quem serão os protagonistas da cimeira que hoje começa no México?
Francisco Ferreira –
Serão os mesmos do ano passado, na Cimeira de Copenhaga: os Estados Unidos, a China, o Japão e a Europa.

– A China e os Estados Unidos são os que mais poluem...

– Há uma grande guerra entre Estados Unidos e China. Os norte--americanos dizem que a China deve fazer um esforço maior na redução da emissão de gases por serem o principal poluidor. A China acusa os Estados Unidos de não terem ratificado Quioto e dizem que ainda estão muito longe da média de emissões per capita.

– Qual o papel do Japão e da Europa?

– O Japão não quer comprometer-se a um acordo se as grandes potências ficarem de fora. A Europa tem perdido a sua liderança negocial e agora aparece fragilizada com as posições de Itália e Polónia que se opõem a uma redução superior a 20% até 2020.

– O que se estava a preparar para a Cimeira de Cancún?

– Em Copenhaga preparou-se um cenário de dois caminhos: um era prolongar Quioto para quem estava em Quito, o outro passava por criar um acordo paralelo para os países que não ratificaram o protocolo.

– Isso será possível?

– Com as dificuldades que se anunciam, estamos a ir num caminho no qual os impactos das alterações climáticas se vão fazer sentir com mais intensidade. Pode ser uma cimeira importante. Se não sair nada dentro destes dois caminhos, teremos de pensar em cenários ainda mais pessimistas do que os já existentes.

– Portugal vai cumprir Quioto?

– Fizemos um grande esforço, em especial nas energias renováveis. Vamos cumprir Quioto, com uma pequena margem, muito à custa da crise económica que reduziu bastante a produção e a consequente emissão de gases com efeito de estufa.

 

Fonte:

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/lazer/ciencia/tecnologia/impactos-sentir-se-ao-com-mais-intensidade

por Quercus às 17:01
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Domingo, 28 de Novembro de 2010

Quercus na Cimeira do Clima em Cancún que começa hoje, 29/11

Depois do falhanço de Copenhaga, é ainda mais premente definir o caminho para um Acordo na África do Sul em 2012

Começa hoje, segunda-feira, dia 29 de Novembro, em Cancún no México, e prolonga-se até dia 10 de Dezembro (eventualmente estendendo-se até sábado, dia 11), a Cimeira anual das Nações Unidas designada por Conferência das Partes sobre Alterações Climáticas. Esta 16ª Conferência das Partes (COP16) deve significar um passo sólido para um acordo justo, ambicioso e vinculativo a ser assinado na 17ª COP, na África do Sul, que terá lugar no final de 2011.

Sem os Estados Unidos e com uma Europa enfraquecida, o que fazer?

A situação política nos Estados Unidos, com a perda de maioria democrata no Congresso sem maioria absoluta no Senado, torna praticamente impossível a adesão do país a um modelo com as características do Protocolo de Quioto. Por outro lado, a União Europeia tem dois países (Itália e Polónia) fortemente opositores a uma redução das emissões de gases com efeito de estufa superior a 20% em 2020, com base nas emissões de 1990. Uma redução entre 25 a 40% para o período de tempo referido por parte dos países desenvolvidos é uma condição fundamental assinalada pela comunidade científica para limitar o aquecimento global. Este esforço deverá ser doméstico e não recorrendo a projectos de redução de emissões em países em desenvolvimento. Assim, uma meta mais ambiciosa, na ordem dos 30% de redução, não será anunciada pela União Europeia durante a Conferência, apesar de em 2009 já estarmos praticamente nos 20% de redução propostos para 2020.


Um dos aspectos fundamentais da política climática é a necessidade de clareza sobre o quadro jurídico e o caminho a seguir. A COP 16 deve estabelecer um mandato que esclareça o formato jurídico cujo resultado deverá ser acordado na COP 17.

Este formato jurídico e o futuro dos compromissos climáticos após 2012 passam por dois caminhos, um correspondendo à continuação do Protocolo de Quioto e dos seus princípios, e outro por um acordo complementar. O mandato legal deve assim, no mínimo, incluir um segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto e um acordo complementar no âmbito da Acção de Cooperação a Longo Prazo (LCA, na sigla em inglês), incluindo ainda compromissos de mitigação comparáveis por parte dos Estados Unidos da América, compromissos financeiros por parte de países desenvolvidos e acções nos países em desenvolvimento.


Estes dois eixos devem produzir um resultado juridicamente vinculativo e executável, em concordância com o princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas.

A COP 16 deve também delinear um cronograma, um plano de trabalhos, o número de reuniões e organizar-se para garantir a segurança das negociações.

Adicionalmente, a COP 16 deve começar a planear as negociações dos compromissos para além do próximo período de compromisso, prefigurando um processo fundamentado pelos dados científicos mais recentes, incluindo o futuro 5º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), terminando o mais tardar em 2015.

 

Ver comunicado na íntegra aqui.


Documentos relacionados:

O que é preciso fazer em Cancún - Visão das ONGs

Documento base da Rede Internacional de Acção Climática sobre a COP16

 

Lisboa, 29 de Novembro de 2010

A Direcção Nacional da
Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza

por Quercus às 23:43
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Sexta-feira, 26 de Novembro de 2010

«Associações ambientalistas esperam avanços, mas duvidam de acordo global em Cancún»

Na Lusa: "O consenso sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa relacionadas com a desflorestação e degradação das florestas pode avançar na conferência de Cancún, mas associações ambientalistas duvidam que seja conseguido um acordo global para continuar Quioto.

A Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas inicia-se na segunda-feira em Cancún, México, e tem como objetivo chegar a um acordo mundial para definir um novo regime que suceda ao protocolo de Quioto, a vigorar até 2012.

As expetativas da associação ambientalista Quercus, que vai estar representada na reunião, 'é que seja conseguido um avanço num segundo período de comprometimento do protocolo de Quioto' para haver uma continuidade." [notícia integral via Correio do Minho]

por Quercus às 00:55
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