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Conferência de Copenhaga - 2009
Quinta-feira, 2 de Dezembro de 2010

As políticas climáticas europeias para 2050 estão em baixa

Apenas um terço das políticas climáticas necessárias para cortar as emissões na União Europeia, entre 80 e 95% até 2050, estão já hoje implementadas.

A WWF e a Ecofys lançaram um site onde se pode seguir as políticas climáticas europeias – The Climate Policy Tracker.
Este site fornece uma visão geral da situação política de cada Estado-Membro, descriminando também por sector (transportes, energia, industria, edifícios, floresta e agricultura).

83 indicadores avaliam o impacto das políticas climáticas, se estão no caminho na redução de emissões ou, se pelo contrário, são contraproducentes para o objectivo a que se destinam.

Portugal aparece com a mesma má classificação da maioria dos outros países europeus, estando acima da Grécia e abaixo da Irlanda.

por Quercus às 18:30
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Como será a Europa em 2050?

Ninguém sabe. Mas a European Climate Foundation propõe-nos uma viagem de 40 anos até lá.

Aqui ficam alguns dos possíveis acontecimentos que marcam esse percurso no tempo:

Uma taxa de carbono para 2012? Pico mundial de petróleo em 2019? Introdução de portagens de carbono em 2022? Será possível em 2026 o Reino Unido cortar as suas emissões de carbono em 70%? E Frankfurt ser a primeira cidade carbono-zero em 2033?

 

Tudo para chegar a 2050 com a Europa a ser o primeiro continente neutro em carbono.

 

Veja o vídeo:

 

por Quercus às 15:43
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Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2010

Canadá e Japão - Os dois primeiros "fósseis"

As organizações não governamentais de ambiente atribuíram na segunda e terça-feira o denominado “fóssil do dia” (que visa “premiar” a pior postura negocial na Conferência em Cancún), ao Canadá e ao Japão respectivamente.

 

Na segunda-feira, e em relação ao Canadá, refira-se que em Novembro o Senado Federal inviabilizou uma proposta progressista no domínio das alterações climáticas, sem sequer se ter preocupado em debatê-la. Por outro lado, o Governo conservador tenciona cortar o financiamento ao principal programa de apoio às energias renováveis bem como à fundação canadiana sobre ciência climática. Por último reduziu o seu objectivo de redução ainda mais do que o apresentado em Copenhaga, e o seu actual Ministro do Ambiente, agora e em Bali, é conhecido por pôr em causa as bases da ciência no que respeita às alterações climáticas.

 

Quanto a ontem, terça-feira, o Japão foi escolhido por, numa altura em que se pretende que haja liderança, o país berço do Protocolo de Quioto fez uma declaração destrutiva em Plenário. Factualmente, o Japão rejeitou um segundo período de cumprimento do Protocolo de Quioto, afirmando que “o Japão não subscreverá a sua meta através do Protocolo de Quioto sob quaisquer condições e em quaisquer circunstâncias”. Preferir um único Tratado é uma coisa; mas agressivamente negar o futuro de Quioto na abertura do Plenário é outra. A postura irritou muitos dos outros países e criou uma atmosfera pouco construtiva para as negociações. Esta Conferência é supostamente para reconstruir a confiança entre os países – a atitude do Japão foi assim muito mal vinda.

por Quercus às 18:12
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Proposta sobre florestas apresentada em Cancún poderá enfraquecer as promessas de Copenhaga

 

Uma análise divulgada ontem em Cancún mostra como as fracas promessas feitas em Copenhaga de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) poderão ficar enfraquecidas pelas decisões sobre matérias relativas às florestas que estão actualmente a ser discutidas na Conferência Climáticas a decorrer no México.

 

Os países desenvolvidos estão a tentar que seja adoptado um sistema de contabilização que lhes permitirá aumentar as emissões associadas à desflorestação e à degradação de florestas sem as contabilizar. A análise mostra que as emissões não contabilizadas enfraqueceriam substancialmente as metas de redução. As metas efectivas prometidas pelos países seriam reduzidas entre 1,3 e 66%.

 

“Esses países querem ter as duas coisas”, disse Jason Funk, do Fundo Defesa Ambiental. “Quando as florestas estão a absorver carbono, eles querem reclamar os créditos. Mas quando começam a derrubar essas florestas, também querem que as emissões resultantes do abate de árvores desapareçam. É uma contabilização desonesta.”

 

Percentagem em relação ao ano base específico de cada país

Partes

Compromisso de redução de emissões até  2020 (%)

Emissões provenientes da exploração florestal não contabilizadas (%)

Nova Zelândia

 

- 10 a -20

+66.04

Noruega

- 30 a - 40

+ 8.66

Rússia

- 15 a 25

+ 5.45

Austrália

- 5 a - 15

+ 4.03

Japão

- 25

+ 3.57

União Europeia

- 20 a - 30

+ 2.7

Suíça

- 20 a - 30

+ 2.43

Canadá

- 17

+ 1.36

 

 

Na maioria dos casos, os países anunciaram políticas para aumentar o corte de árvores e incorporaram a crescente exploração florestal nas linhas base das suas propostas. Sob esta abordagem, o aumento das emissões é mantido fora dos registos, fazendo com que as promessas pareçam mais ambiciosas do que na realidade são.

 

“O que nós precisamos é de incentivos para que os países desenvolvidos reduzam as suas emissões provenientes da desflorestação, e não que as aumentem impunemente”, disse Melanie Coath, da Sociedade Real para a Protecção das Aves (RSPB, na sigla em inglês). “Se isto acontecer, os países terão que aumentar os seus compromissos em compensação”.

 

“Este pequeno e acolhedor acordo para o sector florestal minaria os esforços de todos os países e de outros sectores. Ele tem de ser rejeitado em Cancún. Gostaria de saber o que os produtores e de energia pensam sobre a justiça desta abordagem, quando se espera que eles façam mudanças que se traduzam em reduções reais de emissões”, disse Chris Henschel, da Canadian Parks and Wilderness Society (CPAWS).

por Quercus às 18:04
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