A Vila do Clima é o terceiro local oficial da COP16. Trata-se de um recinto onde o Governo mexicano tentou arrumar parte da sociedade civil que não cabia no Cancunmesse. O objectivo parece ter falhado a vários níveis, já que muitas organizações, sobretudo indígenas, escolheram outro local no centro de Cancún para instalar arraiais.
Na Vila das Alterações Climáticas ficaram os expositores institucionais, empresas ‘verdes’ e os patrocinadores. O espaço alberga ainda um local para conferências paralelas, como o Fórum da Juventude para as Alterações Climáticas, de que já demos conta e algumas exposições, sobretudo de educação ambiental.
A maior atracção são as extraordinárias fotografias de Willy Sousa, o fotógrafo responsável pelo projecto “México en tus sentidos”. A exposição já passou por vários países, dos Estados Unidos à China, e já terá sido vista por 10 milhões de pessoas. O fotógrafo apresenta de forma exemplar as várias formas de ser mexicano, embora deixe de fora alguns aspectos mais negativos, como a violência presente em alguns sectores da sociedade.
Infelizmente, à parte das constantes visitas de estudo das escolas, o recinto é pouco procurado pelos participantes na COP. No dia em que a Quercus visitou a Vila, nas viagens de cerca de uma hora de ida e volta, o autocarro reservado da organização da COP apenas transportou o elemento da Quercus. Segundo explicaram os motoristas, a Vila só ganha realmente vida ao final do dia, quando sobem ao palco principal os vários artistas mexicanos que conseguem atrair os moradores das redondezas.